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21/05/2010

vezes

As vezes, tenho ataques.
As vezes, tenho ataques maiores.
AS vezes ele tem motivo, as vezes não.
As vezes quero um abraço, as vezes que você fique bem longe.
Mas na maioria das vezes mesmo querendo você longe, quero você perto, me dando abraço.
As vezes, mas só as vezes, quero dormir pra acordar. Na maioria das vezes eu quero acordar e não ter que dormir.
As vezes eu acho, as vezes tenho certeza, mas certeza só bem as vezes.
As vezes meu coração diminui, as vezes aumenta, mas nunca quebra.
Pelo menos nunca quebrou, eu acho. Acho que coisas quebradas nunca voltam a ser as mesmas. Coisas com pequenos danos sim. Mas isso eu acho que só as vezes.
As vezes é bom a gente cuidar do coração da gente.
As vezes também é bom que cuidem do coração da gente.
Na verdade o ideal seria se sempre tivesse alguém cuidando do nosso coração.
Como, eu acho que tenha na maioria das vezes. As vezes.
As vezes, na maioria das vezes, eu choro. Nas outras vezes eu choro pra dentro.
E isso não bom mesmo que seja as vezes. Chorar pra fora espalha, pra dentro a gente guarda.
As vezes meus textos fazem sentido, na maioria das vezes só pra mim.
As vezes nem pra mim, mas na maioria das vezes só pra mim.
Este, eu não sei. Por enquanto só pra mim. Mas as vezes as coisas mudam. Como amor. Porque amor não acaba nunca, só muda. E muda de novo. E de novo.
Outras coisas não mudam. Como o gosto de algumas coisas. Lágrimas sempre foram salgadas, e até minha experiência mais recente com lágrimas, ainda são. Então lágrimas não são salgadas as vezes. São salgadas sempre. Canela tem cheiro de canela sempre. Açafrão é amarelo sempre. Bichos de pelúcia são fofos sempre. Mesmo com olhos faltando ou coisa parecida.
Mas as vezes eu preciso escrever o que eu penso, pra poder entender.
Porque na maioria das vezes eu não me entendo.
Mentira. Eu sempre me entendo. Mas as vezes nem todo mundo se entende. Mas só as vezes.

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